sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Feliz 2011!!!



Desejo aos leitores do blog um 2011 de muito sucesso! 

Que o ano que esta chegando venha marcado pelas alegrias e realizações! 

FELIZ ANO NOVO!!! 

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Time completo de Dilma Roussef - destaque especial para as mulheres

Veja abaixo os/as ministros/as do futuro governo que assumem em janeiro:
* AGRICULTURA - Wagner Rossi (PMDB)
* BANCO CENTRAL - Alexandre Tombini
* CASA CIVIL - Antonio Palocci (PT)
* CIDADES - Mário Negromonte (PP-BA)
* CIÊNCIA E TECNOLOGIA - Aloizio Mercadante (PT)
* CULTURA - Ana de Hollanda
* COMUNICAÇÕES - Paulo Bernardo (PT)
* DEFESA - Nelson Jobim (PMDB)
* DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO - Afonso Florence (PT)
* DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR - Fernando Pimentel (PT)
* DESENVOLVIMENTO SOCIAL - Tereza Campello (PT) 
* EDUCAÇÃO - Fernando Haddad (PT)
* ESPORTE - Orlando Silva (PCdoB)
* FAZENDA - Guido Mantega (PT)
* INTEGRAÇÃO NACIONAL - Fernando Bezerra Coelho (PSB)
* JUSTIÇA - José Eduardo Cardozo (PT)
* MEIO AMBIENTE - Izabella Teixeira 
* MINAS E ENERGIA - Edison Lobão (PMDB)
* PLANEJAMENTO - Miriam Belchior (PT)
* RELAÇÕES EXTERIORES - Antonio Patriota
* RELAÇÕES INSTITUCIONAIS - Luiz Sérgio Nóbrega de Oliveira (PT) -
* SAÚDE - Alexandre Padilha (PT)
* TRABALHO - Carlos Lupi (PDT) -
* TRANSPORTES - Alfredo Nascimento (PR-AM)
* TURISMO - Pedro Novais (PMDB- MA)
* SECRETARIA-GERAL - Gilberto Carvalho (PT)
* SECRETARIA DE ASSUNTOS ESTRATÉGICOS: Moreira Franco (PMDB-RJ)
* SECRETARIA DE PESCA E AQUICULTURA: senadora Ideli Salvatti (PT-SC)
* SECRETARIA DE DIREITOS HUMANOS: deputada Maria do Rosário (PT-RS)
* SECRETARIA DE PROMOÇÃO DA IGUALDADE RACIAL: Socióloga  Luiza Helena Bairros (PT)
* SECRETARIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL: Jornalista Helena Chagas
* SECRETARIA DOS PORTOS: Leônidas Cristino (PSB)
* SECRETARIA DE POLÍTICAS PARA AS MULHERES: Deputada Iriny Lopes (PT)
* ADVOCACIA GERAL DA UNIÃO (AGU) - Luís Inácio Lucena Adams, mantido;
*CONTROLADORIA GERAL DA UNIÃO (CGU) - Jorge Hage, mantido;
*GABINETE DE SEGURANÇA INSTITUCIONAL (GSI) - general José Elito Siqueira;

Confira a programação cultural da posse de Dilma Roussef

Shows em dia de posse

Em evento organizado pelo MinC, nomes de Elba Ramalho e Zélia Duncan já estão confirmados
O Ministério da Cultura (MinC), por meio da Fundação Cultural Palmares (FCP) vão realizar no dia 1º de janeiro, em Brasília, os shows da festa da posse da presidente Dilma Rousseff e do novo governo federal. As apresentações terão entrada franca, começam às 10h e vão até as 21h, na Esplanada dos Ministérios e na Praça dos Três Poderes. A festa vai comemorar também a posse do Governo do Distrito Federal (GDF).
Das 10h até o meio-dia, haverá apresentações de grupos infantis, com mamulengo e pernas de pau. Já os shows musicais, também começam às 10h e vão até as 14h, divididos em quatro tendas montadas na Esplanada, que homenageiam as regiões Norte, Nordeste, Sudeste e Sul. No encerramento dessas apresentações, os artistas se unirão em um só cortejo cívico-cultural, que irá saudar a presidente Dilma Rousseff, entoando o Hino Nacional Brasileiro.
Após a cerimônia da posse, propriamente dita, das 18h30 às 21h, será a vez do show “Cinco ritmos do Brasil”, com as cantoras Elba Ramalho, Fernanda Takai, Gaby Amarantos, Mart´nália e Zélia Duncan, no palco Centro-Oeste, localizado na Praça dos Três Poderes.
Simultaneamente à festa da posse presidencial, haverá também um palco na Esplanada dos Ministérios onde será celebrada também a posse do governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz. O palco GDF receberá atrações de Brasília, São Paulo e Pernambuco.
Projeto Arena Brasil
Os shows da posse presidencial serão os primeiros do projeto Arena Brasil, uma série de cinco grandes eventos planejados para 2011 – um em cada região do país, sempre em datas cívicas. A Confraternização Universal, lembrada no dia 1º, inspirou os organizadores a promoverem a celebração da identidade cultural brasileira, com participação de grupos de cultura afro, manifestações indígenas, hip-hop, música de todos os ritmos, dança e cultura popular, vindos de diferentes estados.
Além dos shows da posse, o MinC e a FCP programaram outros quatro shows para o ano que vem. O próximo será na Região Nordeste, no dia 22 de abril, para comemorar a data que marca o Descobrimento do Brasil. No dia 11 de agosto, a Consciência Negra será lembrada com a chegada do projeto ao Sudeste. O 7 de setembro será celebrado no Sul e o 15 de novembro, na Região Norte.
Programação
Tenda 1 – Região Norte
10 às 11h
Tambor de Couro: Projeto Tambores do Tocantins – Sussa, Catira, Congada e composições tocantinenses
11 às 12h
Danças Tradicionais Macuxi: Mestre Jaci, Dona Bernaldina, Dona Laudisia e Rosilda Macuxi (Tuxauas) – Ritual Maruwai, dança Parixara e dança Tukui (Terra Indígena Raposa Serra do Sol/RR)
12 às 13h
Flor Ribeirinha:  Grupo Flor Ribeirinha – Siriri (Cuiabá/MT)
13 às 14h – Cortejo cívico-cultural
Grupo Jabuti-Bumbá – Cordão de Boi (Rio Branco/AC)
Tenda 2 – Região Sul
10 às 11h
Fandango: Grupo Pés de Ouro – Fandango (Paranaguá/PR)
11 às 12h
Sombrero Rock Show: Sombrero Luminoso – Rock da Fronteira (Porto Alegre/RS)
12 às 13h
Vesselka: Grupo Folclórico Ucraniano Brasileiro Vesselka – Balé (Prudentópolis/PR)
13 às 14h – Cortejo cívico-cultural
Catumbi: Grupo Catumbi de Guaramirim – Congada Dramática (Itapocu/SC)
Tenda 3 – Região Sudeste
10 às 11h
Jongo de Piquete, Um Novo Olhar: Grupo Jongo de Piquete – Jongo (Piquete/SP)
11 às 12h
Brô MC’s: Grupo Brô MC’s – Hip Hop Indígena (Reserva Indígena Jaguapiru, Dourados/MS)
12 às 13h
Fidelidade a Brasília: Zé Mulato e Cassiano – Música Caipira (Brasília/DF)
13 às 14h – Cortejo cívico-cultural
Mais informações: 
Comunicação Social do Ministério da Cultura, nos telefones             (61) 2024-2407

Com 9 mulheres, Dilma supera 'cota' de Lula, FHC, Collor, Itamar e Sarney

Luiz Inácio Lula da Silva não poderá usar sua emblemática frase “nunca antes na história deste país...” em relação às mulheres no comando dos ministérios. Cabe a Dilma Rousseff enaltecer o recorde feminino no primeiro escalão. Nesta quarta-feira (22), ela finalizou a definição dos responsáveis por cada uma das 37 pastas, secretarias ou órgãos com status ministerial. Elas ocuparão 9 postos. Antes, a marca pertencia a Lula no primeiro mandato: cinco ministras.

O G1 levantou o número de ministras nas equipes montadas para posse de todos os presidentes da República desde a abertura democrática. A reportagem também traçou o perfil do primeiro escalão de Dilma. A média de idade é de 56 anos. Direito é o curso superior mais comum. E São Paulo é o estado com mais representantes.

Ao longo da história recente, a cota de mulheres sofreu oscilações. O segundo mandato de Lula (2003-2006) começou com 4 mulheres no primeiro escalão, mantendo um espaço maior que o reservado em governos anteriores. No primeiro mandato, Fernando Henrique (1995-1998) entregou apenas o Ministério da Indústria, do Comércio e do Turismo para uma mulher: Dorothéa Werneck. Quatro anos depois, tomou posse para o segundo mandato (1999-2002) com três ministras em sua equipe: Anadyr de Mendonça Rodrigues (Controladoria-Geral da União), Cláudia Maria Costin (Secretaria de Estado de Administração e do Patrimônio) e Wanda Engel Aduan (Secretaria de Estado de Assistência Social).

No governo de Itamar Franco (1992-1994), a única mulher a assumir de fato uma pasta foi Luiza Erundina, que comandou a Secretaria de Administração Federal por 5 meses após a saída de Osiris de Azevedo. Já Fernando Collor (1990-1992) escolheu 2 mulheres. No Ministério da Ação Social assumiu Margarida Maia Procópio, enquanto no Ministério da Economia, Fazenda e Planejamento esteve Zélia Cardoso de Mello.

Mas foi nos cinco anos de governo de José Sarney (1985-1990) que as mulheres tiveram a mais baixa representação. Apenas Dorothéa Fonseca atuou como interina no Ministério do Trabalho.

Fonte: G1

Confira a entrevista com Afonso Florence.

Por Evilásio Júnior / Foto: David Mendes / BN


Bahia Notícias – O senhor foi eleito deputado federal recentemente e já foi escolhido para ser ministro do Desenvolvimento Agrário. Surpreso com a indicação?

Afonso Florence – Não, porque há um desenho de variáveis, fatores, que são considerados quando um gestor convida alguém para exercer uma função pública. As variáveis desse momento, que compunham o quadro, eram favoráveis. Ser da Bahia, ter o nome da Bahia, do Nordeste, do PT, e que tivesse uma relação com o governador Jaques Wagner. Mesmo o meu nome não sendo um dos que saíram da eleição com esse propósito, ele preenchia essas condições. Tanto é que eu fui convidado. Então, não há uma surpresa de todo, mas é claro que veio em um momento de desenlace do processo de composição do governo federal. Por muito tempo, vários outros nomes, de grande envergadura, de grande valor, vinham sendo considerados. Então, não é uma surpresa, mas é um fato, talvez para a própria imprensa, novo, de terça para cá. Não é uma surpresa para nós, atores políticos, mas talvez pareça uma surpresa para a opinião pública.  

BN – Dentro da sua trajetória política há esse envolvimento com os movimentos sociais. O senhor acredita que terá mais facilidade em conduzir o MDA do que conduziu a Sedur (Secretaria Estadual de Desenvolvimento Urbano), que é uma pasta que lida com grandes empresas, com pressões de conglomerados?

AF – Acho que não se trata de facilidade ou dificuldade. Trata-se de dinâmicas específicas. Na Sedur nós constituímos uma dinâmica nova, que não existia, que foi o respeito à sociedade civil organizada – aos movimentos sociais, às entidades representativas do segmento industrial, às entidades de luta pela habitação, do direito à moradia, setores da academia, do desenvolvimento urbano. O exemplo mais nítido dessa relação, além da Conferência Estadual das Cidades, foram o Conselho Estadual das Cidades e a Comissão Estadual de Regulação e Saneamento, que é uma experiência inédita no Brasil, de regulação e saneamento com o controle social. Então, nós iniciamos essa experiência na Bahia e ela tem uma dinâmica instituída, com momentos de mais intensa negociação e momentos de aparente estabilidade. No Ministério do Desenvolvimento Agrário eu encontrarei uma dinâmica já instituída, de relacionamento com os movimentos sociais e funcionamento dos programas e políticas públicas. Também há uma relação com os movimentos de luta pela terra e com setores empresariais. Há programas do governo que têm relação direta com a indústria brasileira de máquinas e equipamentos para agricultores familiares, inclusive com uma modelagem específica. Guardadas as proporções e a especificidade de cada pasta, são públicos, cenários e atores distintos, lá é o âmbito nacional e aqui estadual, não dá para dizer que lá teremos mais dificuldade ou mais facilidade. Especificidades à parte, eu diria que há muitas semelhanças no ponto de vista da lógica geral.

BN – No MDA, o senhor terá a pressão de movimentos sociais, como sem-terra, sem-teto, de agricultura familiar. Como o senhor pretende fazer para atender à demanda desse público, que é, historicamente, bastante contestador?

AF – Olha, o desenho disso eu aprendi com o governador Jaques Wagner. Ele tem conduzido a Bahia implantando uma nova dinâmica de relacionamento cordial, democrático e responsável com todos os segmentos da sociedade. A partir do governo Jaques Wagner, os movimentos sindical, de luta pela terra, de luta por habitação, passaram a ter uma posição interlocutora privilegiada em relação aos segmentos sociais que eles representam. E ele conduziu sempre esse processo de negociação, de interlocução com a sociedade civil e com os movimentos sociais, de uma forma muito serena. O presidente Lula fez isso já nesses oito anos com os movimentos sociais. Claro que os movimentos sociais têm a sua independência, suas dinâmicas, suas instâncias, sua pauta, mas já há uma dinâmica instituída. Não acredito que haja uma possibilidade de tensionamento. Há períodos em que mais intensamente se negocia, como nas jornadas de luta. Os movimentos de luta pela terra têm meses específicos em que vão à Brasília, acampam e levam sua pauta, coisa que aqui também já acontecia. A rigor, nós vamos conviver e nos relacionar com a dinâmica nacional, que tem a correlata estadual na Bahia. A mesma coisa com os setores empresariais, e mesmo da mídia. O governador tratou sempre a todos com o respeito às opiniões e à liberdade. O presidente Lula também. Eu vou conviver com uma realidade que já tem uma dinâmica, eu vou participar de um governo de continuidade, com a busca do aperfeiçoamento. Então, a minha expectativa é sempre de uma relação muito profícua com a sociedade civil, em geral, e com os movimentos sociais, em particular. A agenda deles nos ajuda a avançar nas transformações pelas quais a Bahia e o Brasil vêm passando.
 
“O movimento faz o papel dele de criticar e nós fazemos o nosso papel de executar a política pública de governar na forma da Lei.”

BN – Os movimentos reclamam, muitas vezes, que não há uma reforma agrária que seja muito intensa. Seria aquém do que eles esperavam com a chagada do PT ao governo. O senhor pretende dar o incremento para atender a esse pleito da reforma agrária, já que nós vemos ainda muita terra improdutiva que não é distribuída ao homem do campo e, ao contrário, há muitas cidades com inchaço populacional?

AF – Os números são, de um lado, significativos em relação ao que vinha sendo feito. O governo do presidente Lula assentou aproximadamente 600 mil famílias. No Brasil, os números são de aproximadamente 900 mil assentadas. Então, em um universo de 900 mil, 600 mil foram assentadas apenas nos últimos oito anos. São dados significativos. Devemos reconhecer que há diferenças sociais no país. A concentração da terra no campo e na cidade é muito grande. A sociedade civil, os movimentos sociais de luta pela terra, no campo e na cidade, e muitas vezes nós próprios, governantes da revolução democrática, temos a expectativa de que isso se dê em um ritmo mais acelerado. Essa é uma das características do nosso projeto de Brasil, de Bahia, de desenvolvimento e inclusão social. Mas nós fazemos isso na forma da Lei. Há mecanismos legais, através dos quais se faz a reforma agrária, e o presidente Lula, no Ministério do Desenvolvimento Agrário, pautou mudanças nos mecanismos para tentar dar mais velocidade. É a correlação de forças na sociedade brasileira que estipula se esses mecanismos serão aprovados, para a reforma agrária ter mais velocidade, ou se continuaremos com os mecanismos atuais, que nem sempre têm um ritmo que correspondem à  expectativa dos setores. Então, não é apenas a vontade política dos governantes. Se fosse, o presidente Lula, o ministro Guilherme Cassel e, anteriormente a ele, o ministro Miguel Rossetto teriam assentado mais do que esse número expressivo. Acho que, neste aspecto, todos nós concordamos. Agora, o movimento faz o papel dele de criticar e nós fazemos o nosso papel de executar a política pública de governar na forma da Lei. A presidenta (Dilma Rousseff), ao me convidar, reiterou o compromisso dela com a reforma agrária do Brasil. Nós desenvolvemos uma reflexão sobre esses mecanismos, de execução da política da reforma agrária, e, oportunamente, faremos iniciativas para continuar e incrementar o processo de reforma agrária no Brasil. 

BN – Geddel Vieira Lima, que foi ministro da Integração Nacional, disse uma vez, para justificar o alto volume de recursos aplicados pela pasta na Bahia, que isso ocorreu porque ele era o “ministro dos baianos”. O senhor também vai privilegiar a Bahia, por ser baiano, ou fará uma gestão mais abrangente, para a República?

AF – As comparações nem sempre são muito oportunas, porque são desiguais. Com todo o respeito ao período em que o Ministério da Integração teve a condução do ex-ministro Geddel, o presidente Lula tentou executar um conjunto de políticas públicas através do Ministério da Integração, e a Bahia foi objeto também dessas ações. O balanço global que nós temos do presidente Lula é muito positivo. Eu fui convidado pela presidenta Dilma, que tem um diálogo muito profícuo com o governador Jaques Wagner, que tem um peso como liderança nacional desse projeto, e a relevância para que a escolha para o Ministério do Desenvolvimento Agrário recaísse sobre mim. A Bahia, nos quatro primeiros anos do governo Jaques Wagner, tem experimentado um processo de recuperação da capacidade de captação de recursos de execução orçamentária, no que diz respeito a apoio, seja na assistência técnica, no crédito, no Seguro Safra, no Mais Alimento ou aquisição de equipamentos. A performance do governo do Estado foi substantivamente melhorada nesses quatros anos. Tenho convicção e informações de que o plano do governador é o de continuar aperfeiçoando a gestão pública, em geral, e as políticas públicas da agricultura familiar, em particular. É razoável prever um incremento de recursos. Não só para a Bahia, como para o Brasil todo. Para o Nordeste, em particular, e para a Bahia, especificamente. Por que? Não por uma opção discricionária do gestor, mas porque a presidenta definiu como prioridade combater a pobreza. Nós sabemos que todos os indicadores de pobreza, apesar da imensa mobilidade social ocorrida no Brasil, nos últimos anos, o Nordeste ainda tem um déficit muito grande nessa área. Com esse processo de recuperação muito grande das políticas públicas e do incremento de recursos do governo federal para o Brasil, como um todo, e no Nordeste também, é razoável prevermos que na Bahia haverá um incremento de recursos. Mas tudo feito de forma republicana, de acordo com a orientação da presidenta, sempre respeitando todos os governos estaduais, da situação ou de oposição, compondo com os governos políticas públicas federativas e conduzindo a execução desses programas de forma a que a política pública seja um instrumento de inclusão social, de desenvolvimento, geração de renda, e não de disputa política.

BN – O senhor destacou a liderança do governador Jaques Wagner na indicação, mas Walter Pinheiro falou conosco que o primeiro nome citado era o da Maria Lúcia Falcon, mas a Democracia Socialista, que é a corrente petista à qual o senhor pertence, reivindicou a pasta. O senhor acha que Pinheiro teve também um papel fundamental para que essa indicação fosse sacramentada para a DS?

AF – Às vezes, nós que somos militantes do PT, temos um tipo de formulação que para o público em geral, o cidadão-eleitor, parece distante. O PT, o governo Dilma e o governo Lula têm um grau de unidade muito grande. Nós somos parte do projeto nacional e parte do projeto estadual. Companheiros do PT foram ministros no governo Lula. O companheiro Miguel Rossetto, que hoje é presidente da PBio – a Petrobras Biocombustíveis –, e o atual ministro Guilherme Cassel, que na vida interna ao PT são de posições políticas. Eles defendem teses comuns ao senador Walter Pinheiro e a mim. Agora, na montagem do governo Lula e na montagem do governo Dilma prevalece a liderança do presidente Lula e da presidenta Dilma. Claro que eles conversam com a coalizão e com as lideranças. Temos um senador na Bahia, o senador Walter Pinheiro, a senadora Lídice da Mata (PSB), eleita na chapa do governador, e o governador, liderando uma coligação eleitoral com uma expressiva vitória, tanto para a chapa de deputados federais quanto para deputados estaduais. Ele próprio eleito com uma expressiva vantagem de votos. Há resultados nos indicadores sociais do seu governo. Quer dizer, foi um conjunto de fatores. É natural, é notório, inclusive, está na imprensa, que vários nomes foram cogitados, e é compreensível que todos nós que dedicamos as nossas vidas à militância política queiramos contribuir com cada governo que nós elegemos ou ajudamos a eleger. É compreensível que companheiros do PT, que estiveram ou têm relação direta com a atual gestão do ministério, opinassem pela continuidade. E a presidenta assim entendeu, que cabia uma continuidade, com o partido, com algum grau de identidade das pessoas. Eu sou amigo e companheiro de Guilherme e Miguel há muitos anos, assim como de Pinheiro. Agora, é um fato inconteste a liderança do governador Jaques Wagner. A liderança nacional que ele representa, o peso econômico-social, eleitoral e político da Bahia, do governo da Bahia, o resultado das eleições em 2010, a forma como ele conduz o processo de transição. O governador nunca pleiteou ou bateu na mesa. Não é o estilo dele e não é também um método eficaz. Assim também não fez o PT da Bahia e não fez a DS. Foram sendo considerados vários fatores, o governador foi sendo consultado, ele sempre ajudando a compor com todos, e, por último, a presidenta resolveu fazer uma escolha que o contemplava e contemplava o PT. Eu sou muito grato ao meu partido, aos meus companheiros e a todas as lideranças parlamentares, com destaque ao governador Jaques Wagner.

“Nos horários vagos de ministro, vou fazer minha militância política, como sempre fiz.”

BN – Mas as pessoas que votaram em Afonso Florence como deputado federal agora terão no lugar Emiliano José. O senhor acha que o seu mandato estará bem representado?

AF – São duas coisas distintas. Primeiro, com certeza, o PT e o eleitorado baiano estarão bem representados com o deputado Emiliano José. Um intelectual, de trajetória reta, de compromisso social, da esquerda democrática, do projeto que nós construímos para o Brasil. Ele é um emblema nosso. Agora, o deputado tem o mandato que ele conquistou, que o povo baiano sufragou e ele não vai me substituir. Ele vai exercer o mandato que corresponde à trajetória política dele. Eu me apresentei como candidato, logrei êxito com o apoio de um verdadeiro exército de homens e mulheres, jovens, militantes do movimento social, e tive uma votação muito capilarizada na Bahia, em diversos segmentos sociais. Estou muito comprometido com essas lutas sociais que esses segmentos que construíram essa candidatura organizam e representam, mas fui convocado para outra tarefa. Terei que conseguir acompanhar a luta política, a organização social desses segmentos, como cidadão e como militante, e, ao mesmo tempo, exercer as minhas atribuições de gestor público. Continuarei a ser deputado federal. Estarei apenas licenciado. Nos horários vagos de ministro, vou fazer minha militância política, como sempre fiz. Vou colaborar com todos os deputados federais da Bahia e do Brasil, em particular com a base de sustentação da presidenta Dilma, com os deputados do meu partido, o PT, e com o deputado Emiliano, que é meu amigo e por quem eu nutro uma maior admiração. Mas não há uma substituição. Ele tem uma história, uma trajetória, um peso e uma representatividade política que não se confundem com aquela que me foi atribuída pelo eleitorado da Bahia.

BN – Qual é a sigla de Agricultura Familiar?

AF – Agricultura Familiar?

BN – É. A Bahia não é BA?

AF – Ah, AF...

BN – Isso. A mesma de Afonso Florence. A coincidência ficará apenas na sigla?

AF – (risos) Não. Não é coincidência. Repare, o meu nome é Afonso Bandeira Florence. Então, tem BA também. Mas é muito tranquilo para mim que haja essa sintonia também do governo Dilma com o governo Wagner. Quem acompanhou os comícios e os eventos vê que tem uma sintonia muito grande entre o governador e a presidenta. Vê a serenidade com que ele, de forma resoluta, lidera o projeto. E tem feito uma recuperação da logística, da capacidade de atendimento e da assistência técnica da agricultura familiar. Pode ser que acabe sendo identificado como responsabilidade minha, assim como foi na política de habitação e de saneamento (na época em que foi secretário da Sedur). Mas, rigorosamente, o mérito principal é do governador Jaques Wagner, que lidera o projeto com posição política, lidera o processo eleitoral, ganha as eleições, monta a equipe, convida as pessoas e lidera o processo de gestão. Então, pode ser que BA e AF se confundam, mas é apenas simbolicamente. Na prática, é a sinergia dos projetos, que é um projeto único, exercido no âmbito da Federação e no âmbito do Estado da Bahia.

Prazo para justificar ausência nas eleições acaba nesta quinta-feira

Marília Lopes - Agência Estado
O prazo para justificar a ausência no segundo turno das eleições 2010 termina na quinta-feira, dia 30. Até ontem, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) já havia registrado 10,1 milhões de justificativas de eleitores que não compareceram para votar.
Para justificar a ausência, o eleitor deve apresentar o Requerimento de Justificativa Eleitoral ao juiz da zona eleitoral em que estiver inscrito. O TSE informou que quem estava no exterior no dia da eleição e não votou deve justificar sua ausência em, no máximo, 30 dias após o retorno ao Brasil.
O formulário de Requerimento de Justificativa Eleitoral está disponível no site do TSE e nos cartórios eleitorais. Na justificativa, o eleitor precisa informar o motivo da ausência à votação.
O eleitor que não votou no primeiro turno e nem justificou a ausência até o último dia 2 deverá pagar multa de R$ 3,50 para regularizar sua situação com a Justiça Eleitoral.
O eleitor que tem pendências com a Justiça Eleitoral fica impedido de obter passaporte ou carteira de identidade, participar de concursos públicos ou ser nomeado a cargo público. E caso fique sem votar ou justificar a ausência em três votações consecutivas, o eleitor terá sua inscrição cancelada e, após seis anos, será excluído do cadastro de eleitores.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Feliz Natal!!!!


É  no Natal que a Esperança nasce e se renova para transformar nossas vidas. Que o Natal nos inspire e nos ilumine para vivermos com o espírito da partilha!

O papai noel da foto, é meu filho João Marcelo.

Desejo a todos e todas leitores deste espaço um  Natal repleto de realizações.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Bel Mesquita terá uma boquinha no governo de Jatene.

Ao que tudo indica, Bel Mesquita deve compor o secretariado do Governador eleito Simão Jatene. Derrotada nas ultimas eleições, Bel foi indicada na cota de seu partido o PMDB. 
Especula-se que Bel Mesquita deve ocupar a ADEPARA ou a Secretaria de Pesca recusada pela deputada estadual eleita Nilma Lima (PMDB).

Parabéns Ana Júlia!!

Quem faz aniversário hoje 23 é a Governadora Ana Júlia Carepa. Não poderia deixar de parabenizar.
Conheci Ana quando ela era senadora. Sem duvida foi uma das pessoas mais especiais que conheci.
Ana foi a Governadora que mais vezes veio a Parauapebas e a que mais investiu.
Banpará, reforma de escolas, recursos para água e asfaltamento, PROJOVEM, Bolsa Trabalho.... Foram muitos os investimentos que essa guerreira trouxe para o município.
Infelizmente a reeleição não veio e especificamente em Parauapebas o resultado não foi o que gostaríamos, por inúmeros motivos, sendo o principal deles a falta de comunicação do governo. Acho que muitos em Parauapebas não sabem o volume de investimentos que Ana Júlia destinou a esta cidade.
Ana deixa o Governo daqui a nove dias e deixa para Parauapebas uma Escola Técnica Estadual em construção, com recurso garantido na conta do estado para sua conclusão. Além de outras obras.
Cabe agora ao povo desta cidade cobrar do próximo governo que as obras sejam concluídas.

Lula faz balanço dos oito anos de governo durante último pronunciamento.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva realizou, na noite desta quinta-feira (23), seu último pronunciamento à nação como presidente da República. Em um discurso de sete páginas, Lula apresentou um balanço de seus oito anos à frente do governo.
Ao longo de seus dois mandatos, destacou ele, foram criados 15 milhões de empregos, o salário mínimo teve ganho real de 67%, a oferta de crédito alcançou 48% do Produto Interno Bruto (PIB) e as reservas internacionais somam quase US$ 300 bilhões, dez vezes mais do que quando assumiu o governo.
Lula afirmou que, durante seu governo, os investimentos na agricultura cresceram oito vezes e, com isso, cerca de 600 mil famílias foram assentadas. O presidente também salientou a importância de programas como o Minha Casa Minha Vida, que construiu 1 milhão de moradias, e o Luz Para Todos, que levou energia elétrica a mais de 2 milhões de pessoas e 600 mil pequenas propriedades.
Em oito anos, disse Lula, os investimentos em educação foram triplicados e 214 escolas técnicas federais foram inauguradas. “Mais do que foi feito em 100 anos”, afirmou. Além disso, 14 universidades e 126  campus  universitários foram implantadas no país. O presidente também destacou o Programa Universidade para Todos (ProUni), que beneficiou 750 mil jovens de baixa renda.
Para Lula, durante seu governo houve “a maior ascensão social de todos os tempos”. De acordo com ele, 28 milhões de pessoas saíram da linha da pobreza e 36 milhões entraram na classe média. O presidente também ressaltou a quitação da dívida com o Fundo Monetário Internacional (FMI) e afirmou que agora é o Brasil quem empresta dinheiro à organização internacional.
Com uma marca histórica, o presidente encerra seus oito anos de governo com 80% de aprovação (87% pessoal) e no próximo dia 1º de janeiro, ele transmitirá o cargo à presidenta eleita Dilma Rousseff. Segundo Lula, Dilma será uma presidenta “à altura desse novo Brasil”.
“A minha maior felicidade é saber que vamos ampliar todas estas conquistas. Minha fé alicerça em três fundamentos: as riquezas do Brasil, a força do seu povo e a competência da presidenta Dilma. Ela conhece, como ninguém, o que foi feito e como fazer mais e melhor”.
Lula relembra sua trajetória de vida
Durante seu último discurso como presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva despediu-se da nação brasileira relembrando sua trajetória de vida até o cargo mais importante do país. Segundo ele, o desenvolvimento do país foi uma conquista coletiva e seu mérito, como governante, foi “haver semeado sonho e esperança”. “Meu sonho e minha esperança vêm das profundezas da alma popular. Do berço pobre que tive e da certeza que, com luta, coragem e trabalho, a gente supera qualquer dificuldade. Agora, estamos provando ao mundo, que o Brasil tem um encontro marcado com o sucesso. Mostramos que é possível governar para todos". Para ele, o Brasil venceu o desafio de crescer econômica e socialmente e provou que a “melhor política de desenvolvimento é o combate à pobreza”. Lula afirmou que os oito anos de seu governo foram de luta, desafios e conquistas e pediu aos brasileiros apoiassem à nova presidenta, Dilma Rousseff.  “Dentro de poucos dias, deixo a Presidência da República. Com muita alegria, vou transmitir o cargo à companheira Dilma Rousseff, consagrada nas urnas em uma eleição livre, transparente e democrática. Um rito rotineiro neste país que já se firmou como uma das maiores democracias do mundo”. Em tom de despedida, o presidente agradeceu à confiança da nação brasileira e afirmou que sairá do governo para “viver a vida das ruas”.  “Agradeço a vocês por terem me ensinado muitas lições. Homem do povo que sempre fui, serei mais povo do que nunca, sem renegar o meu destino e jamais fugir à luta.” No entanto, ele evitou falar sobre o que fará após deixar a presidência. “Não me perguntem sobre o meu futuro, porque vocês já me deram um grande presente. Perguntem, sim, pelo futuro do Brasil e acreditem nele. Minha felicidade estará sempre ligada à felicidade do meu povo”.

Fonte: Agência Brasil.

Câmara Municipal de Parauapebas tem novo Presidente!


Confirmada a aposta do blog! Euzébio Rodrigues (PT) foi eleito Presidente da Câmara Municipal de Parauapebas. Sem surpresas, a eleição ocorreu hoje 23, pela manhã, Euzébio foi eleito por unanimidade.
Compõe a nova mesa diretora o Ver. Faisal Salmen (PSDB) vice- presidente, Ver. Odilon Rocha (PMDB) primeiro secretário, Ver. Adelson (PDT) segundo secretário.
Depois de duas semanas de especulação e de muitos disse me disse, a historia chegou ao fim. Sem duvida sai fortalecido deste processo o PT e o Governo Municipal.
Euzébio presidira a casa pela segunda vez, foi presidente em 2009 quando exerceu um belo trabalho a frente do legislativo municipal.
O blog deseja muito sucesso ao Ver. Euzébio Rodrigues! O parlamento municipal estará em boas mãos.

DS emplaca o MDA.

O Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) vai continuar com a Democracia Socialista, sai Guilherme Cassel, entra Afonso Florence. Afonso é militante histórico do PT da Bahia, e mestre em política social, é ex- Secretario de Desenvolvimento Urbano do Governo Jaques Wagner. Foi eleito Deputado Federal pelo PT da Bahia no pleito de 2010.
No Sul do Pará, esta noticia caiu como uma bomba. É que setores do PT já davam como certo que a DS perderia o comando do Ministério, logo, ficaria muito distante a possibilidade de emplacar alguma Superintendência Regional do INCRA.
Ao que parece, ainda vai passar muita água em baixo desta ponte...

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Céu de brigadeiro...




Com atraso, mas com muito orgulho, publico as fotos do meu amigo de longas datas, Deputado Estadual eleito Milton Zimmer.
Sem duvida a diplomação do Milton tem um significado especial para todos aqueles que conhecem o Milton e que tem o prazer de conviver em sua companhia.
Durante o período, pois eleição, várias inverdades foram ditas, a turma do contra, muito presente na blogosfera do pebinha ficou “secando” pra que Milton não tivesse suas contas aprovados e para que este dia não chegasse.
Estou como se diz na aviação, em um céu de brigadeiro, para mim é uma felicidade indescritível este momento.
Desejo muita sorte ao Milton! Que Deus ilumine seus caminhos, que você continue sempre essa pessoa maravilhosa, gentil, humana e muito prestativa.
Parabéns Milton!!!
PS: As fotos foram gentilmente cedidas ao blog pelo amigo Robervaldo Freitas.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Eleição para Presidência da Câmara...

Amanhã 21, têm seção no legislativo parauapebense. Ainda não esta definido se entrara na pauta a tão comentada eleição para mesa da câmara.
Como não se fala em outra coisa nas rodas políticas em Parauapebas, não poderia deixar de fazer minha aposta.
O blog aposta na vitoria do Ver. Euzébio Rodrigues.
Amanhã teremos mas um capítulo desta historia. É esperar pra ver...

I Encontro de Blogs do Pará.


O blog agradece o convite para participar do I Encontro de Blogs do Pará!
Parabéns ao Rui Baiano do blog Ananindeua Debates pela iniciativa de organizar este evento.
Aproveito a oportunidade para agradecer a turma do blog Juventude do Campo e da Cidade que sempre reproduz matérias postadas neste espaço!
Valeu Camaradas, farei o possível para participar do evento!

domingo, 19 de dezembro de 2010

Diplomação...



Ocorreu na ultima sexta-feira 17, em Belém no HANGAR, a diplomação dos eleitos no pleito de 2010.
Parauapebas marcou presença na solenidade, com a diplomação de Milton Zimmer, representante da terrinha no legislativo estadual.
Quem também recebeu diploma, foi o meu companheiro de tendência Claudio Puty Deputado Federal eleito.
Tenho orgulho de ter participado dessas duas campanhas vitoriosas. Desejo muito sucesso ao Milton e ao Puty nessa longa batalha que está por vir!
Parabéns! Que Deus abençoe vcs!!!
PS: O blog vai ficar devendo a foto do Dep. Milton Zimmer, mas assim que chegar até mim será postada.


Foto: Lucivaldo Sena.

5 dias sem postagens! Quase um suicídio para um blog!

Peço desculpa aos leitores do blog, dividida entre o trabalho na secretaria e os cuidados com meu filho João Marcelo, tem faltado tempo para cuidar do blog.
To de volta! E farei o possível para deixar o blog atualizado!

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Inimigo do Estado de Carajás será Chefe da Civil do Governo de Jatene.



Em entrevista coletiva concedida hoje à tarde o Governador eleito Simão Jatene anunciou o nome do seu futuro Chefe da Casa Civil, será o Deputado inimigo do povo do Sul do Pará Zenaldo Coutinho.
Deputado Federal reeleito, Zenaldo Coutinho é conhecido no parlamento federal por ser radicalmente contrario a criação do Estado de Carajás.
Uma pena para o povo de nossa região que há anos luta para que o Estado de Carajás se torne realidade.

Cabral: Quem não teve 'namoradinha' que já fez aborto?

O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), fez um comentário polêmico hoje ao falar sobre o aborto a empresários em São Paulo. Ele questionou os presentes sobre quem já teria recorrido ao procedimento por conta de uma gravidez indesejada de uma namorada. "Quem aqui não teve uma namoradinha que teve de abortar?", perguntou Cabral, ressaltando, em seguida, que esse não era o caso dele. "Fiz vasectomia e sou muito bem casado", disse, durante o Exame Fórum - Rio de Janeiro - Oportunidades de Investimentos e Negócios.

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"Me refiro a diversas pessoas que tiveram namoradas que engravidaram e que foram abortar em clínicas clandestinas", afirmou o peemedebista, ao ser questionado por jornalistas. "Isso é a vida como ela é. Só que o sujeito que é de classe média alta tem uma clínica de aborto clandestina em melhores situações, mas mesmo essa não passa por nenhum controle de vigilância sanitária, médica. As autoridades médicas não têm no seu prontuário: 'Fui visitar a clínica de aborto da Rua Dona Mariana, por exemplo'", afirmou.

"O que eu quero dizer é que há uma hipocrisia no Brasil. Esse tema foi muito mal discutido na campanha eleitoral. As pessoas já conhecem minha opinião", afirmou ele, para então repetir o discurso da presidente eleita, Dilma Rousseff, sobre o aborto durante a campanha eleitoral.

"Ninguém é a favor do aborto. Você é a favor do direito da mulher recorrer no serviço público de saúde a uma interrupção de gravidez. Imagina, quem é a favor do aborto? Ninguém é a favor do aborto, não imagino que tenha uma mulher e um homem no mundo favorável ao aborto", afirmou. "Mas uma coisa é uma mulher, por alguma necessidade, física ou psicológica, psiquiátrica, orgânica, desejar interromper uma gravidez."

Legislação

Cabral disse ser favorável a uma revisão na legislação para ampliar os casos em que o aborto é permitido. Na avaliação dele, as mulheres precisam ser ouvidas e devem participar ativamente do debate. Pela lei atual, o aborto só pode ser feito por mulheres que engravidaram por meio de estupro ou quando a gravidez oferece risco de morte à mãe. "Vamos discutir com a classe médica e as mulheres. Mas tem de ser ampliado. Do jeito que está, está errado, falso, mentiroso, hipócrita. Isso é uma vergonha para o Brasil", avaliou.

O governador do Rio citou exemplos de países em que a religião também possui peso, mas que têm uma legislação mais flexível, como Espanha, Portugal, Itália, França, Estados Unidos e Reino Unido. "Será que esses países gostam menos da vida do que nós? Será que o povo inglês, francês, italiano, português, gosta menos da vida do que o povo brasileiro. Esse é o ponto."

Polêmica

Não é a primeira vez que Cabral entra em polêmica ao falar sobre o tema. Em 2007 ele defendeu a legalização do aborto como uma forma de reduzir a violência. Na época, citou uma pesquisa da década de 1970 que relacionava taxas de natalidade, pobreza e violência.

"Hoje, no Rio, em áreas mais nobres, como na Tijuca, se encontram taxas de natalidade de países civilizados, desenvolvidos, onde as pessoas têm consciência. Infelizmente, nas comunidades mais carentes daqui, as mulheres não têm orientação do governo sobre planejamento familiar e têm taxas equivalentes aos países mais atrasados da África. Tem tudo a ver com violência. Isso é uma fábrica de produzir marginal", declarou, na época.

Eleição para Presidência da Câmara deve ficar mesmo para o dia 21

O dia em Parauapebas hoje foi de muitas apostas, bastidores, especulações... O assunto do dia: A eleição para Presidência da Câmara.
A escolha do novo Presidente não entrou na pauta e deve ficar mesmo para próxima semana, dia 21/12.
Se a disputa fosse hoje, o blog apostaria na vitoria do Ver. Euzébio Rodrigues por 7 votos a 4 sobre Massud.
Como ficou para o dia 21, muita coisa pode acontecer até lá, ganhando uma semana de tempo o Ver. Massud poderá se rearticular e virar o jogo, ou Euzébio Rodrigues, ampliara sua vantagem.
É esperar pra ver...

Gabriel Medina é eleito o novo presidente do CONJUVE‏

Nessa tarde ocorreu à eleição do novo presidente do Conselho Nacional de Juventude - CONJUVE. O jovem companheiro Gabriel Medina foi eleito por 38 votos a 16 de João Vidal do PPL (segundo turno).

Este blog estava na torcida para que Gabriel chegasse à presidência do Conselho. Há vitoria do Gabriel, representa a vitoria do movimento juvenil organizado!

Parabéns ao Gabriel!  Desejo muito sucesso para sua gestão a frente do conselho.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

PT pode perder um Deputado Estadual...

O candidato Luis Rebelo do (PP) teve seu registro de candidatura deferido pelo TSE.
É praticamente certo que os votos obtidos por Rebelo têm a prerrogativa de mudar o quadro de deputados estaduais do Pará, caindo o último deputado proclamado do PT, Alfredo Costa, e ascendendo o próprio Luiz Rebelo.
Quem conta essa pra nós é o Deputado Estadual Parfisal em seu blog http://pjpontes.blogspot.com/2010/12/luiz-rebelo-pp-tem-registro-deferido.html

Políticas para mulheres e mulheres na política

Em entrevista à CartaCapital a cientista social Tatau Godinho faz uma análise da situação da mulher na política, fala sobre desigualdade de gêneros e da postura da oposição diante de uma mulher na presidência.
Por Paula Thomaz

CartaCapital: Como você vê a situação da mulher hoje na política em termos de participação e de políticas voltadas ao gênero feminino?
Tatau Godinho: A presença das mulheres na política tem aumentado nos últimos anos. Em termos de políticas públicas, questões específicas voltadas à saúde das mulheres, o combate à violência e mesmo uma ampliação nos horizontes profissionais têm sido alvo de atenção dos governantes. Mas uma alteração mais profunda nas desigualdades entre homens e mulheres ainda está por vir.
Quanto à participação, no entanto, os espaços da política mais institucionalizados ainda são um gueto masculino. Fala-se muito na necessidade da presença das mulheres, mas o fato é que direções dos partidos, no parlamento, nos cargos executivos e de direção, as mulheres ainda aparecem como uma exceção.
E isso reflete uma realidade presente em, praticamente, todas as outras áreas da sociedade. O comando das empresas, as direções dos jornais, de outros meios de comunicação, por exemplo, ainda são lugares onde a presença das mulheres é quase simbólica.
CartaCapital: Existem mais mulheres que homens no Brasil, a mulher é responsável, em muitos casos, pela educação dos filhos, tem contribuição efetiva na sociedade, tem um dia internacional dedicado a ela. Por que quando se trata de política tudo isso parece se reduzir?
TG: A ampliação da presença das mulheres no mundo público, isto é, fora do âmbito da família, continua totalmente vinculada a uma sobrecarga colocada sobre elas em relação ao cotidiano, à vida familiar, ao cuidado com as pessoas. As mulheres assumem novas tarefas, mas muito pouco se alterou nas relações de poder. E a política é o espaço concentrado das dinâmicas de poder na sociedade. É ali que são definidos boa parte dos grandes grupos de interesses, dos destinos dos países. Obviamente, as disputas políticas não ocorrem apenas nos espaços tradicionais ou institucionais. Mas é um sintoma da fragilidade da democracia a exclusão tão recorrente das mulheres.
CartaCapital: Quais os avanços poderão ser conquistados pelas mulheres, na política, com a eleição de Dilma Rousseff à presidência da República?
TG: Sem dúvida uma mulher na Presidência da República já representa, de saída, uma quebra de barreiras. O principal cargo político do país é uma referência necessária para os debates, as articulações políticas, para as mais diversas áreas em torno das quais a sociedade se mobiliza. Tem uma influência importante, também, no imaginário social em relação às mulheres. Mas as mudanças mais concretas, em termos de políticas, dependem da insistência que a presidenta tiver em fortalecer uma agenda voltada para a igualdade. As questões relacionadas aos direitos das mulheres vão ser colocadas na agenda política de forma muito mais cotidiana. E é muito importante uma presença mais forte do movimento de mulheres para que isso seja feito em um sentido progressista. O campo de oposição, provavelmente, se apoiará também em uma agenda conservadora em relação aos direitos das mulheres, como já ocorreu nas eleições. Por isso, para garantir um avanço, acredito que seja necessário que a sociedade se mobilize no sentido de possibilitar um efetivo avanço de direitos. Dilma Rousseff tem um histórico de atuação rompendo espaços em áreas muito fechadas às mulheres e, acredito, que isso dará a ela uma boa experiência de como lidar em um ambiente adverso.
CartaCapital: O que muda na bancada feminina no Congresso com a eleição de Dilma?
TG: As deputadas e senadoras têm uma oportunidade inédita de fortalecer sua voz no Congresso. Mas é preciso se apoderar dos sinais indicados pela futura presidenta, de que valoriza o aumento da participação política das mulheres, e consolidar novas lideranças nas disputas concretas que compõem o dia a dia do Congresso. Esse é um momento privilegiado para que as parlamentares mulheres reforcem sua presença e, mais especialmente, para que a bancada feminina apareça como uma forte articuladora de reivindicações de políticas que incidam sobre a desigualdade entre mulheres e homens. Para isso é necessário que a atuação se paute por uma plataforma ampla, que não fique apenas em temas de menor incidência, ou nas áreas que são consideradas tradicionalmente mais receptivas à participação das mulheres. Há questões fundamentais em relação ao mundo do trabalho, no âmbito da política econômica e de desenvolvimento, da previdência, ou a reforma política e partidária, como mencionado anteriormente, que são muito importantes. Isso vai depender da atuação das parlamentares comprometidas com essa agenda. Ampliar o número de mulheres é muito importante, mas mudanças reais para as mulheres só ocorrerão se isso se combina com uma agenda de propostas e reivindicações para alterar as condições de desigualdade e discriminação vividas pelas mulheres.
CartaCapital: Em reunião de transição dos ministérios na segunda-feira 8, Dilma anunciou que quer mais mulheres no primeiro escalão do governo. O que achou dessa atitude da presidente?
TG: É muito positivo que Dilma tenha acenado, logo de início, com a importância de ter uma presença maior das mulheres em cargos chaves do governo. Com certeza os partidos vão resistir. Afinal, dois corpos não ocupam o mesmo lugar no espaço. Nem na física nem na política. E a concentração masculina nas redes de direção é brutal. Não são apenas os dirigentes partidários. Isso inclui os quadros do parlamento, das direções sindicais, das universidades ou outras entidades da sociedade. A insistência da presidenta em compor um governo com maior presença de mulheres obrigará os partidos, e toda a sociedade, a discutir a questão.
Em outros países, houve um processo semelhante. Como na Espanha, por exemplo. E isso cria, de fato, possibilidades de mudanças.
CartaCapital: Falando de gênero, para você as mulheres são iguais aos homens, têm necessidades específicas ou lhes faltam alguns privilégios concedidos aos homens?
TG: Quando se fala em igualdade entre mulheres e homens, o sentido é a igualdade social e política. É evidente que na sociedade os homens têm imensos privilégios em todos os âmbitos: renda mais alta, acesso a melhores postos e empregos, mais tempo de lazer, dominam os espaços de poder político e econômico na sociedade. E isso se articula com todas as vantagens que têm no campo da vida pessoal e familiar, em relação ao cuidado com os filhos, ao trabalho doméstico, e nas questões ligadas à sexualidade. É isso que é preciso mudar. Há um pensamento conservador que atribui às mulheres um papel centrado na maternidade e na família. Isso é cultivado. É um mecanismo que justifica a falta de responsabilização masculina. Assim os homens ficam livres para o poder, enquanto as mulheres cuidam da sobrevivência. É essa a divisão que precisa ser superada na sociedade. Naturalizar o papel das mulheres na família, na maternidade, nas funções do cuidado é negar às mulheres a posição de igualdade e racionalidade e, em última instância, deixar as funções de direção e poder efetivos da sociedade, a elaboração da cultura e da ciência para os homens.
CartaCapital: Chegaremos a um dia em que a desigualdade de gêneros será superada?
TG: Eu acredito que sim. Para uma superação efetiva das desigualdades é preciso uma mudança mais geral. A sociedade capitalista absorve e rearticula as relações de dominação compondo uma dinâmica de desigualdade que favorece a exploração, a concentração de renda, a manutenção de padrões de opressão em diversos níveis. A superação da desigualdade de gêneros é uma perspectiva libertária, de uma sociedade livre com seres humanos vivendo em plenitude suas capacidades. E isso exige a mudança do modelo de sociedade atual, em que as desigualdades são parte da organização necessária das relações sociais. Mas isso não significa jogar as reivindicações para um futuro distante e abstrato. É preciso investir para que as mudanças sejam implantadas desde agora. Toda mudança é um processo político e social que envolve também conflitos. E nós não podemos deixar de enfrenta-los.
CartaCapital:Qual tem sido a importância da Secretaria de Políticas para Mulheres desde a sua criação?
TG: A criação da Secretaria de Políticas para as Mulheres foi uma iniciativa muito importante do governo. Ela buscou construir uma agenda para todo o governo. Em algumas questões, como a proposta de implantar uma política de combate à violência sexista, os avanços são mais claros. Em outras áreas, ainda há muito o que fazer. Os esforços da SPM em coordenar um plano geral de políticas para as mulheres são significativos e as dificuldades são muito grandes. É necessário uma consolidação maior dessa política no próximo governo.
CartaCapital: Como você acredita que a sociedade brasileira enxerga a falta do primeiro cavalheiro ao lado de Dilma?
TG: Essa é uma discussão que demonstra o grau de conservadorismo na sociedade. Afinal, a discussão só existe porque os espaços de poder são considerados lugares para os homens e não para as mulheres. O cargo de primeira-dama é a pior simbologia do atraso em relação às mulheres: significa que o lugar para elas é de esposa, e não de dirigente. É a reafirmação de que para as mulheres o espaço legítimo é o mundo privado e não a esfera pública, como é o caso da política. Além do mais, isso ainda se combina com o clientelismo que enxerga a política de assistência social como caridade e não como direito!
Chama a atenção o quanto mesmo os setores pretensamente mais modernos da sociedade reforçam esse papel e esse lugar para as mulheres. E, inclusive, criticam as mulheres que se recusam a aceitar esse papel. Que, sendo mais informal, é tudo de atrasado, de medíocre e de “brega”.
Uma mulher na presidência tem, além de tudo o mais, a vantagem de nos livrar dessa discussão.
CartaCapital: Chamar Dilma de presidente ou presidenta faz diferença?
TG: É uma questão simbólica. Não é decisiva mas possibilita marcar o significado da eleição de uma mulher para a presidência. E forçar um pouquinho a Língua Portuguesa a se adaptar a um mundo de homens e mulheres também nos cargos, carreiras e funções antes ocupados apenas por homens.

MIILTON ZIMMER tem prestação de contas aprovada

Foi aprovada, sem ressalvas, a prestação de contas do deputado estadual eleito MILTON ZIMMER. Muitos torceram contra, espalharam boatos a respeito de combustível, compra de votos e outras barbaridades, mas o importante é que a verdade prevaleceu e que Milton Zimmer é o legítimo representante do nosso município, eleito com mais de 22 mil votos . A diplomação acontece dia 17/12 (sexta-feira), no Hangar Centro de Convenções, em Belém.
A todos que participaram dessa difícil campanha, parabéns!
Ao nosso querido deputado, muito sucesso e muitos projetos!!! Parabéns!

domingo, 12 de dezembro de 2010

PFC vence.

O Parauapebas Futebol Clube - PFC venceu a equipe do Sport Belém por 3 a 1 hoje à tarde jogando em Parauapebas no estádio Rosenão. Com esta vitoria, o PFC subiu para 8 pontos, é o Vice líder da competição.
O próximo jogo do PFC é na quarta- feira em Belém as 15:30h  contra a Tuna Luso .

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Eleições do CONJUVE! Eu também apoio Gabriel Medina!

Em breve teremos eleição no Conselho Nacional de Juventude - CONJUVE. Embora apenas os conselheiros e conselheiras nacionais votem, eu não faço parte do conselho, não poderia deixar de registrar meu apoio ao Jovem Gabriel Medina, que concorre à Presidência do Conselho. Gabriel é meu companheiro de tendência, de lutas e sonhos, sem duvida, é um jovem preparadíssimo para presidir o conselho na próxima gestão.
No twiiter já esta rolando uma bela campanha de apoio ao Gabriel, quem quiser participar é só tuitar @gabrielmedina13 é candidato a presidência do #Conjuve. #GabrielMedinanoConjuve EU APOIO!
Aproveito para publicar na integra a carta de inscrição do Gabriel Medina a Presidência do Conselho.
Desde já, desejo boa sorte ao Gabriel nesta batalha! Quem quiser conhecer um pouco mais do Gabriel é só entrar no blog dele http://www.gabrielmedina13.wordpress.com/ Blog que eu recomendo!

Conselheiros e conselheiras,
Eu, Gabriel Medina, membro do Fórum Nacional e Movimentos e Organizações Juvenis, apresento minha candidatura à presidência do CONJUVE, fruto de uma trajetória militante no campo dos direitos das juventudes. Essa construção foi permeada por um processo, coletivo e individual, de lutas, sonhos e realizações da juventude brasileira.
Participei dos principais processos de reivindicação e elaboração de Políticas Públicas de Juventude no Brasil nos últimos dez anos. Junto aos movimentos sociais e juvenis, estive sempre ao lado das reivindicações populares, por mais justiça, igualdade e respeito à diversidade.
Em 2002, 2003, 2005 e 2009, durante o processo de organização do Fórum Social Mundial (FSM), fiz parte do comitê de organização do Acampamento Intercontinental da Juventude. Ao lado de jovens brasileiros e de outras partes do mundo construímos experiências e reforçamos lutas para construir um outro mundo possível e necessário.
Em 2003, participei da construção do “Projeto Juventude”, um amplo movimento que reuniu diversos setores da juventude reunidos na sociedade civil e nos governos, coordenado pelo Instituto Cidadania. Esse projeto gerou uma publicação que marca o início de uma elaboração coletiva dos movimentos de juventude, junto a intelectuais e universidades, de diretrizes e propostas para a construção de uma Política Nacional de Juventude. O “Projeto Juventude” apontou os principais desafios para o Governo Federal nesta área e, mais do que isso, construiu uma metodologia, pautada no diálogo geracional e no envolvimento das diferentes formas de organização das juventudes.
Nesse período, também fui assessor parlamentar na Câmara Municipal de São Paulo e tive a oportunidade de participar da 1ª comissão de políticas de juventude, assim como, acompanhar uma experiência inovadora no âmbito municipal: a Coordenadoria de Juventude da gestão Marta Suplicy.
Em 2004, participei do processo de construção do “Plano Nacional de Juventude”, coordenado pela Câmara Federal. Em São Paulo, contribuí com a organização das etapas municipais e estadual e fui à Brasília participar da elaboração da versão final do Plano que está em tramitação no Congresso Nacional.
Nesse mesmo ano, ajudei a fundar o Fórum Nacional de Movimentos e Organizações Juvenis (FONAJUVES), espaço de articulação e diálogo de diferentes formas de organização das juventudes que cumpre um papel destacado na formulação de políticas públicas e exercício do controle social no Brasil.
O FONAJUVES foi fundamental para a criação de espaços de debate da sociedade civil organizada na construção do Plano Nacional de Juventude, na I Conferência Nacional de Juventude e, mais recentemente, no fortalecimento do Conselho Nacional de Juventude. Antes dele, as articulações se davam apenas no âmbito das juventudes partidárias e da União Nacional de Estudantes (UNE).
Participo do FONAJUVES por meio do Movimento Música para Baixar – MPB, que procura debater a importância da cultura livre difundida na internet. O MPB tem lutado pela reforma do direito autoral, pelo Plano Nacional de Banda Larga, pelo Software Livre e acredita que a internet se consolida como uma importante ferramenta para a democratização da informação e da cultura. Por meio dela, é possível fortalecer as reivindicações da juventude, articular os movimentos e, principalmente, incluir amplos setores da juventude, antes limitados a um território restrito, seja um bairro de periferia das grandes cidades ou mesmo na área rural.
A possibilidade de promover trocas, compartilhar projetos e construir estratégias comuns para participar na arena política é a grande virtude do FONAJUVES. Espaço que prima pelo respeito ao diferente, pelo diálogo democrático e pela luta por mais direitos e autonomia dos jovens no Brasil.
Paralelamente a isso, durante meu curso de Psicologia na Universidade São Marcos, militei no movimento estudantil, participei de duas gestões do CA de e mais duas gestões do DCE e estive na Coordenação Nacional dos Estudantes de Psicologia – CONEP.
Depois de formado, fui convidado a trabalhar na gestão da Prefeitura Municipal de Araraquara em 2006. Atuei na coordenadoria de participação popular e ajudei a impulsionar a montagem da Política Municipal de Juventude. Araraquara foi uma das primeiras cidades do Brasil a organizar sua Conferência Municipal de Juventude, articulada com a I Conferência Nacional de Juventude do Governo Federal.
Nas eleições municipais de 2008, saí candidato a vereador, tendo como pautas principais juventude e cultura e obtive uma boa votação, que me colocou na 2ª suplência da Câmara Municipal de Araraquara.
Toda esta trajetória foi marcada por uma metodologia de trabalho: a da construção coletiva, da valorização da roda, do diálogo e do respeito às opiniões diferentes. A construção de uma nova cultura política é uma tarefa das novas gerações.
Coloco agora a candidatura do FONAJUVES, representada por mim, à disposição do CONJUVE. Dentre os inúmeros desafios, uma candidatura à presidência deve necessariamente defender o fortalecimento do Conselho para que cumpra seu papel, que é o de ser um espaço de diálogo plural para a elaboração de PPJs e de ser um órgão de fiscalização e controle das ações do executivo.
Esta é uma candidatura que representa os movimentos de juventude, suas distintas formas de organização e expressão, que buscará fomentar o diálogo e o respeito às diferenças. Entende-se que a juventude é marcada pela diversidade: somos jovens negros/as, mulheres, estudantes, rurais, trabalhadores/as, jovens com deficiência. Mas, mesmo com questões específicas, necessitamos ter espaços de encontro e diálogo para construir pautas comuns e criar solidariedade entre suas demandas. Tenho sensibilidade para as mudanças dessa geração, que encontra novas formas de se organizar e se expressar politicamente. Redes, fóruns, movimentos comunitários e culturais são formas de participação que precisam ser respeitadas e incorporadas na arena política.
Entendo que a presidência é um espaço importante, mas só pode ter êxito se for parte de um projeto coletivo, com o envolvimento e apoio das entidades, movimentos e, organizações que compõem o Conselho. Sei da importância que terá uma mesa diretora forte e também de coordenadores/as de comissões ativos para que possamos realizar um bom trabalho em 2011, ano que se inicia um novo governo e no qual a política de juventude cria seus contornos e prioridades. Comprometo-me a trabalhar com um espírito coletivo e agregador.
Propostas ao CONJUVE – ano de 2011
O CONJUVE é um dos principais instrumentos de participação popular e controle social da juventude brasileira. Desde sua criação, ainda recente, foi possível perceber muitos avanços e conquistas. Pouco a pouco, o CONJUVE construiu sua identidade e ampliou sua capacidade de interferir nos rumos da política de juventude.
O ano de 2010 foi marcado por muitas conquistas, asseguradas por uma unidade das organizações, que nos permitiu, por exemplo, aprovar a PEC 65 no Congresso Nacional. A construção do Pacto pela Juventude foi outra importante vitória das organizações da sociedade civil que compõe o CONJUVE. Por meio dele, diversos/as candidatos/as do país tomaram contato com as 12 prioridades definidas pela sociedade civil para a política nacional de juventude. É necessário construir uma força tarefa para que a política pública de juventude defendida no documento se transforme em uma das prioridades na agenda do legislativo e executivo.
Ainda, merecem destaque os esforços empreendidos pelas últimas gestões do CONJUVE no sentido de consolidá-lo como espaço de elaboração e produção de políticas públicas de juventude. Avançar na organização de pesquisas, seminários, oficinas para a produção de diagnósticos, relatórios e documentos com proposições no campo das políticas de juventude deverão ser uma das tarefas prioritárias do Conselho.
É preciso também fortalecer o papel fiscalizador do CONJUVE como órgão de participação e controle social. Nesse sentido, o Conselho deve ter capacidade de desenvolver avaliação e monitoramento sistemáticos sobre a gestão do Governo Federal, tanto no que se refere ao trabalho coordenado pela Secretaria Nacional de Juventude, quanto aos programas de juventude organizados por outros Ministérios.
A prioridade do ano de 2011 deverá ser o engajamento do CONJUVE na organização da II Conferência Nacional de Juventude. Fundamental será que a Conferência aponte caminhos para a consolidação da Política Nacional de Juventude, como uma prioridade na agenda do Governo Federal e com força para se enraizar nos Estados e Municípios. Para tanto, CONJUVE deve ser protagonista no processo de condução da II Conferência, tanto na comissão organizadora nacional, como na construção das etapas municipais e estaduais.
A mesa diretora do CONJUVE é uma instância fundamental para garantir que as ações do CONJUVE sejam viabilizadas. Da mesma forma, gostaria de destacar a importância das comissões permanentes e dos grupos de trabalho para que o Conselho realize seus objetivos institucionais. É nas comissões que a base das ações mais importantes é construída, por isso, serei um defensor de todo o apoio técnico e político para o pleno funcionamento das comissões.
A garantia de maior transparência e visibilidade nas ações do Conselho são desafios permanentes. Defenderei que haja uma prestação de contas trimestral do CONJUVE aos conselheiros/as e à sociedade, disponível no site, onde devem ser publicados também o calendário e as atas de todas as reuniões do Conselho. Com o avanço da tecnologia, principalmente da internet, o CONJUVE deve buscar a utilização de instrumentos que garantam maior visibilidade de suas ações, democratizando sua relação com organizações e jovens em todo o país.
Pretendo apoiar e fortalecer a Rede de Conselhos de Juventude e os Encontros dos Conselhos, que vai para sua terceira edição. A consolidação da Rede de Conselhos, associada ao fomento à criação de Conselhos nos Estados e Municípios é um desafio permanente do CONJUVE e é uma forma de garantir sua capilaridade e peso nacional.
Por fim, quero registrar meu compromisso de dar continuidade a uma trajetória construída até aqui de compromisso com a pauta das juventudes e com os valores da transformação social, da construção coletiva, da participação popular e da democracia. O CONJUVE deve ter um papel central no próximo período para o avanço das políticas de juventude no Brasil, universais e específicas, que fomentem a ampliação dos direitos, a participação, o respeito à diversidade e fundamentalmente, contribuam para a emancipação e autonomia das juventudes no Brasil.