Confirmando as estimativas do Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos), em 2010, o Pará se consolidou como grande gerador de empregos. O resultado obtido pelo Estado é considerado o melhor desde 1992, levando em consideração os resultados das médias mensais. O saldo positivo no Estado foi puxado pelos resultados dos setores serviços, comércio, construção civil e extrativo mineral.
Mas a divulgação nacional dos dados de geração de empregos trouxe uma variável nova. Para bater a meta anunciada anteriormente de 2,5 milhões de empregos, o Ministério do Trabalho mudou a forma de cálculo para totalizar o número de postos de trabalho criados. O Governo antecipou algumas informações da Rais (Relação Anual de Informações Sociais), que será divulgada apenas em maio, e acrescentou dados de contratações do serviço público e as informações atrasadas de celetistas.
Por isso, a geração de empregos no Pará tem dois cenários: o primeiro, considerando o resultado das médias mensais normais e prazo legal de envio das informações ao Ministério por parte das empresas, coloca o resultado de 2010 como o segundo maior saldo desde a criação da série histórica do CAGEC, em 1992. Entretanto, se considerarmos o adiantamento de informações entregues fora do prazo, mais algumas informações da RAIS, o saldo alcançado pelo Estado do Pará em 2010 foi recorde.
Resultados das médias mensais - De acordo com as análises do Dieese/PA, em dezembro foram feitas em todo o Estado 20.279 admissões contra 25.907 desligamentos, gerando um saldo negativo de 5.628 postos de trabalho no setor formal da economia, com um decréscimo de 0,92% em relação a novembro.
'Com a retomada do crescimento da economia paraense e de todo o Brasil, pode se observar, desde o início do ano, uma tendência de crescimento do emprego formal. Esta tendência acabou se concretizando e o Pará encerrou o ano de 2010 com o segundo melhor saldo de postos de trabalhos desde a criação da série histórica do CAGED em 1992', explica Roberto Sena, supervisor técnico do Dieese no Pará.
O resultado é demonstrado na tabela abaixo:
De janeiro a dezembro de 2010 foram feitas 294.940 admissões contra 233.639 desligamentos, gerando um saldo positivo de 35.394 empregos formais. No mesmo período de 2009, o saldo também foi positivo, só que bastante inferior. Foram feitas naquela oportunidade 254.970 admissões contra 247.590 desligamentos, gerando um saldo positivo de 7.380 postos de trabalho, com um crescimento no emprego formal de 1,34%. A diferença no número de empregos gerados entre 2009 e 2010 é de cerca de 28 mil postos de trabalho.
Resultado do Pará considerando critério adotado pelo Ministério do Trabalho - Entretanto, se considerarmos as declarações feitas fora do prazo e alguns adiantamentos de informações da RAIS, o saldo de empregos formais no Pará em 2010 é recorde absoluto, atingindo 52.297 postos de trabalho gerados.
Ainda com base no balanço efetuado pelo Dieeseno Estado, em 2010, quase todos os setores econômicos paraenses apresentaram crescimento do emprego formal. A exceção ficou por conta do setor da administração pública, que apresentou decréscimo na geração de empregos formais. Na outra ponta, o setor que mais gerou postos de trabalho, foi o setor serviços; seguido do comercio; construção civil e extrativo mineral.
'Com os cenários colocados hoje, a estimativa para 2011 é de um crescimento ainda maior na geração de novos postos de trabalho. O grande desafio para o novo ano é a criação de novos empregos com mão-de-obra qualificada. Para isso torna-se necessário o esforço conjunto do Governo, empresários e trabalhadores na implementação de políticas que visem a qualificação da mão-de-obra em todo Estado, aumentando com isso a capacidade de inserção de novos profissionais do Pará no mercado de trabalho e também contribuindo com a mudança no perfil da renda em todo o Estado', finaliza Sena.
Redação Portal ORM
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